TERCA, 15/06/2021, 18:14

Em um mês, taxa de vacinação contra o coronavírus dobra em Londrina

Cidade, que no meio de maio aplicava cerca de 1.500 doses por dia, hoje tem vacinado mais de 3 mil pessoas diariamente. Secretário diz não estar preocupado com a rapidez do processo, destacando que, na cidade, a prioridade é a organização.

A campanha de vacinação contra o coronavírus passou a caminhar, já há algumas semanas, a passos largos em Londrina. No último mês, por exemplo, o número de pessoas imunizadas contra a doença dobrou: se no meio de maio, cerca de 1.500 doses eram aplicadas por dia na cidade, atualmente são mais de 3 mil, de acordo com o último vacinômetro divulgado pela prefeitura.

O aumento de doses aplicadas também veio acompanhado de uma mudança no perfil da vacinação. Hoje em dia, praticamente todas as aplicações feitas na cidade são de primeiras doses. Entre segunda (15) e terça-feira (16), por exemplo, menos de 60 das mais de três mil vacinas aplicadas eram segundas doses. O momento atual é bem diferente do cenário visto há um mês, quando mais da metade das vacinas aplicadas eram compostas por doses complementares.

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, confirmou a mudança e disse que ela foi motivada pelo tipo de vacina que Londrina passou a receber: a Coronavac, que iniciou o processo de imunização contra a Covid-19 em todo o país, deu lugar, de acordo ele, à AstraZeneca nas últimas semanas. Machado explicou que diferentemente da Coronavac, que tinha um intervalo de até 28 dias entre a aplicação da primeira e da segunda dose, a vacina da Oxford estabelece um intervalo de três meses entre aplicação das duas doses, o que, na avaliação do secretário, fez o município ganhar mais tempo para aplicar as unidades complementares.

Ele também chamou a atenção para o fato de algumas pessoas estarem se recusando a tomar a vacina depois de serem impedidas de escolher qual tipo de imunizante será aplicado. O secretário de Saúde lembrou que todas as vacinas disponíveis possuem a devida certificação da Anvisa, e que cabe ao Programa Nacional de Imunização regular a aplicação das doses e também selecionar para quais públicos elas serão destinadas.

Questionado se a vacinação poderia ser ainda mais rápida em Londrina, levando em conta que em cidades menores, como Cornélio Procópio, o processo está mais avançado, o secretário disse não estar preocupado com isso. Machado argumentou que não há uma competição entre os municípios, e que em Londrina a secretaria sempre fez questão de priorizar a organização da campanha em vez da vacinação em massa.

Apesar disso, o secretário de Saúde garantiu que se as remessas continuarem chegando, a cidade tem condições de vacinar até 15 mil pessoas por dia. Até o final de semana, por exemplo, a prefeitura pretende aplicar cerca de 20 mil doses em professores e trabalhadores da educação com 18 anos ou mais e público-geral que tem entre 50 e 59 anos, além dos integrantes dos demais grupos prioritários da campanha.

Por Guilherme Batista

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