SEGUNDA, 19/08/2019, 19:48

Empresa responsável pelo transporte coletivo de Rolândia comunica Prefeitura que ônibus não circulam a partir desta terça-feira

Procurador Geral do Município diz que Prefeito ainda não atendeu pedido de reajuste de subsídio ao sistema por se sentir pressionado pelo Ministério Público.

No comunicado entregue à Prefeitura de Rolândia, com data desta segunda-feira 19 de agosto, a empresa responsável pelo sistema de transporte coletivo de passageiros da cidade alega dificuldades financeiras para continuar cumprindo o contrato e que, em função disso, o serviço será suspenso, temporariamente, já a partir da zero hora desta terça-feira.

No documento, a Vysa Turismo e Transporte afirma que vem acumulando um déficit tarifário desde 1º de março de 2017. A empresa diz ainda que protocolou, em março de 2018 e de 2019, dois pedidos de revisão tarifária, que teriam sido analisados e aprovados pela Comissão de Transporte Público de Rolândia e pelas Secretarias Municipais envolvidas com o tema, e que o reajuste aguardaria apenas o deferimento do Executivo Municipal.

A Concessionária afirma ainda que a omissão do Município causou prejuízos e a levou ao colapso financeiro, com acúmulo de dívidas fiscais, com fornecedores e dificuldades em conseguir crédito. E que, diante disso, não havia outra possibilidade senão a suspensão dos serviços. No documento, a Vysa Turismo e Transporte fala ainda em inércia do Município e finaliza informando que os ônibus só voltam a circular quando houver uma solução para o impasse contratual.

O sócio administrador da empresa, Jeferson Marques da Silva, diz que até 2014 o sistema de transporte da cidade funcionava sem subsídio, o que levou a concessionária anterior a abandonar o contrato. Foi feita uma nova licitação, vencida pela atual empresa, e o incentivo municipal foi então instituído.

Jeferson Silva diz que, apesar dos pareceres favoráveis, e dos dois pedidos feitos em 2018 e no início desse ano o reajuste dos subsídios não saiu. E que só após o comunicado protocolado nesta terça-feira foi procurado pela Prefeitura. 

O procurador geral do Município, Osvaldo Américo, tem outra versão e afirma que a Prefeitura foi pega de surpresa com o comunicado da empresa. Ele reconhece que o pedido de reequilíbrio tarifário feito pela concessionária passou por todos os trâmites, foi aprovado, e só não recebeu autorização por que o Prefeito se sente pressionado pelo Ministério Público.

O procurador geral do Município diz ainda que a Prefeitura já informou o Ministério Público e a Câmara  sobre a decisão da empresa e que vai pedir à justiça nas próximas horas uma liminar para garantir a continuidade dos serviços.

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