SEGUNDA, 13/01/2020, 07:10

Empresas entram na Justiça e atrasam contratação de cem médicos em Londrina

Prometido para o final do ano passado, reforço de profissionais nos postos de saúde fica sem data para sair do papel. Visita à Brasília para tratar sobre o teto do SUS também ainda não aconteceu.

A Secretaria Municipal de Saúde não conseguiu cumprir com a promessa de iniciar o ano de 2020 com cem novos médicos trabalhando nas unidades básicas. O processo de contratação das empresas que vão ficar responsáveis por fornecer os profissionais enfrenta, atualmente, um impasse judicial. O secretário de Saúde, Felippe Machado, explica que o certame está dividido em três lotes, e que em um deles as empresas participantes entraram com recursos na Justiça questionando alguns pontos do edital. Machado explica que vai ser preciso readequar esses pontos antes de continuar com o processo. Diferentemente do que fez em novembro, ele preferiu dessa vez não estipular um prazo para a conclusão do certame e, consequentemente, a contratação dos novos profissionais.

Pelo edital, os médicos cedidos pelas terceirizadas vão ter uma carga-horária de quatro a oito horas diárias, dependendo do dia da semana e do posto de saúde atendido. O valor máximo que o município pretende gastar com a prestação de serviço gira em torno dos R$ 16,3 milhões, isso pelo período de um ano.

Outra situação prometida no final do ano passado que ainda não saiu foi a visita que o secretário de Saúde e o prefeito Marcelo Belinati pretendem fazer ao Ministério da Saúde, em Brasília, para pedir, novamente, pelo aumento no valor do repasse aos hospitais que atendem pelo SUS em Londrina. A defasagem fez a Santa Casa restringir o atendimento em novembro. O hospital suspendeu as cirurgias eletivas e a procura espontânea, mas continua atendendo casos de urgência e emergência. Na última sexta, por exemplo, o pronto-socorro da unidade tinha 33 pessoas internadas, quase cinco vezes mais que a capacidade máxima do espaço, que tem sete leitos.

Apesar disso, Felippe Machado afirma que recebeu a informação de que a situação estava sob controle nos hospitais filantrópilicos, e que deve fazer a visita à Brasília nas próximas semanas.

Por Guilherme Batista

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