QUARTA, 13/03/2019, 19:38

Escolas Estaduais de Londrina e região não controlam a entrada e saída de pessoas nas unidades

APP-Sindicato lamentou ataque em colégio de São Paulo e não descarta um caso semelhante por aqui, mas diz que falta de vigilância na porta das unidades de ensino não causa insegurança

O massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na grande São Paulo, na manhã desta quarta-feira, quando dois ex-alunos invadiram a unidade de ensino, mataram oito pessoas e depois se suicidaram, chocou o país e deixou uma pergunta no ar. Casos como esse têm ocorrido com cada vez mais freqüência por todo o país, mas, será que eles podem acontecer aqui em Londrina?

Desde 2011, quando houve o massacre de Realengo, na zona Oeste do Rio de Janeiro e 11 estudantes foram mortos, a reportagem da CBN Londrina contabilizou mais sete situações semelhantes de ataques e invasão a escolas em diferentes cidades brasileiras.

O último caso tinha sido registrado em Medianeira, na região oeste aqui do Paraná, em setembro do ano passado, quando um aluno armado entrou no Colégio Estadual João Manoel Mondrone e feriu dois colegas. Para a polícia, o adolescente de 15 anos disse que vinha sofrendo bullying.

Para tentar responder a pergunta, fomos atrás de quem trabalha na área. Conversamos com a professora Jéssica Pieri, diretora do colégio Barão do Rio Branco, que já foi nomeada para assumir a chefia do Núcleo Regional de Educação, mas ainda não teve o nome publicado no Diário Oficial. Por não ter assumido o cargo, a professora preferiu não comentar o caso.

De acordo com o Núcleo, nenhuma das quase 200 escolas estaduais aqui de Londrina e das outras 18 cidades da região sob a responsabilidade deles, têm um funcionário destacado especificamente para o controle da entrada e saída de pessoas. Seja porteiro, segurança ou vigia.

Ainda segundo o Núcleo Regional de Educação, são os próprios servidores da escola, dos mais diversos setores, e a própria direção, que fazem essa vigilância da entrada de pessoas nas unidades de ensino.

O presidente da APP-Sindicato, Márcio André, classificou o episódio como lamentável. O representante do sindicato dos professores da rede estadual de ensino não descarta um caso como esse aqui em Londrina. Ele compara o ataque na escola paulista aos massacres ocorridos nos Estados Unidos ao longo das últimas décadas e cita ainda o caso da escola de Medianeira.

Márcio André avalia que vivemos um momento de intolerância, ódio e perseguição e que, de forma geral, a grande luta diária nas escolas é no sentido de estimular um ambiente sem conflitos ou bullyng. O presidente da APP-Sindicato acredita que, apesar dos casos pontuais de brigas ou conflitos, a falta de controle na entrada não causa insegurança nas escolas da cidade.

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