A média histórica de abril é de 112 mm, mas só choveu menos de 10% disso: apenas 9 mm, e logo no início do mês. E a tão esperada chuva, principalmente pelos produtores de milho e trigo, deve demorar mais um pouco.

Segundo a agrometeorologista e pesquisadora do IAPAR, Heverly Morais, a estiagem se deve a um bloqueio atmosférico, causado por uma grande massa de ar quente e seco que está sobre parte do sul do país.

De acordo com a agrometeorologista, a tendência é que só volte a chover aqui na região na semana que vem, lá pelo dia 7 de maio. Mas previsão mesmo, mais confiável, só a partir desta quarta-feira.

Com a estiagem, o milho safrinha, que já foi plantado e deveria estar na fase de floração, não cresceu como deveria.  

Segundo Heverly Morais, a semeadura do trigo deveria ter começado no início de abril, mas até agora só alguns produtores se arriscaram a plantar e sofrem com a baixa germinação das plantas.

Heverly Moraes destaca o alto déficit hídrico do solo da região depois de mais de 30 dias sem chuva. Segundo a pesquisadora, será preciso em torno de 70 mm para recuperar toda a água do solo.

Heverly Moraes alerta que o ideal é que a chuva chegue aos poucos, já que os temporais costumam lavar o solo e carregar nutrientes, além de provocar erosão em terrenos mais inclinados.