Segundo dados do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma (SIATE), aproximadamente 2.400 acidentes com ciclistas foram registrados no período de 2006 a 2016 em Londrina, desses 20 morreram. Esses dados foram apresentados em um trabalho de conclusão de curso do geógrafo recém-formado, pela Universidade Estadual de Londrina – UEL, Matheus Oliveira Martins da Silva.

O projeto de pesquisa foi apresentado ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina – IPPUL e a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização – CMTU como base para estudos e novos projetos de prevenção de acidentes e criação de ciclofaixas.

Intitulada “Bicicleta e espaço urbano: a realidade das ciclovias e ciclofaixas como equipamentos de mobilidade urbana na cidade de Londrina”, a pesquisa fez um mapeamento dos principais locais desses acidentes.

De acordo com o professor, Fábio da Cunha, do Departamento de Geociências da UEL, e orientador do projeto, o estudante dividiu os acidentes com ciclistas em quatro categorias no recorte de 10 anos apontam 20 acidentes todos os meses.

Os locais com maior número de acidentes são os que recebem maior circulação de ciclistas. Entre elas estão: Rodovia PR-445; Avenidas 10 de Dezembro; Tiradentes; Guilherme de Almeida; Saul Elkind; Brasília; Winston Churchill; Leste-Oeste; Arthur Thomas; e Avenida Duque de Caxias. Hoje Londrina tem 20 quilômetros de ciclofaixas.

Ainda de acordo com o estudo, 24 ações podem evitar e prevenir acidentes em Londrina a principal um projeto de conexão entre as ciclovias e ciclofaixas da cidade para garantir a segurança dos ciclistas.

Segundo dados do IPPUL, em uma pesquisa feita com 500 ciclistas, 60% dos entrevistados usam a bicicleta para trabalho e estudo. O órgão pretende implantar a médio e longo prazo, na cidade até 318,8 quilômetros de vias para bicicletas em Londrina.