QUARTA, 20/11/2019, 19:29

Evento debate 15 anos de cotas na UEL no Dia da Consciência Negra

Coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade diz que hoje 27% dos alunos da instituição são negros e que o sistema de cotas representa uma revolução.

O Dia da Consciência Negra foi celebrado na UEL com o evento "15 anos de Cotas: Desafios para uma Educação mais democrática". Entre palestras, mesas redondas e apresentações culturais, destaque para a participação de alunos, professores e servidores. E nesses 15 anos mais de 5.600 alunos entraram para os 56 cursos de graduação da universidade utilizando o sistema. E a média vem subindo ano a ano.

A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UEL, Maria Nilza da Silva, que participou desde o início da implantação da política de cotas na Universidade, destaca o vanguardismo da instituição na área, a terceira do país a adotar o sistema.

A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros avalia que os números poderiam ser ainda melhores, já que da implantação das cotas até 2017, apenas 10% das vagas destinadas aos negros pelo sistema eram ocupadas. Muito em função do abandono dos estudos ainda no ensino médio.

A professora diz que hoje 27% dos alunos da UEL são negros e que ainda não há levantamentos sobre quantos se graduam e estão no mercado de trabalho.

Mas, Maria Nilza da Silva garante que, independente de qualquer dado, o sistema de cotas representa uma revolução, não só para os alunos, mas também para as famílias.

A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UEL comemorou ainda o anúncio feito nesta quarta-feira de que a Universidade Estadual de Maringá decidiu aprovar o sistema de cotas para a entrada de novos alunos.

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