Se existe um setor da economia, e principalmente do varejo, que pode comemorar algo em 2016, esse setor é o das farmácias. E conseguir resultados positivos numa crise como a que o país vive é um desafio a mais. Apesar da forte concorrência e da presença cada vez maior das grandes redes nacionais, as farmácias vivem uma realidade diferente. O setor trabalha com uma expectativa de faturamento para esse ano entre 12% e 13% maior que no ano passado. A venda de medicamentos também cresceu em 2016 e chegou a R$ 37 bilhões, R$ 4 bilhões a mais que em 2015. O economista Marcos Rambalducci explica que o bom momento das farmácias tem três explicações.

De janeiro a setembro desse ano, o crescimento da receita das empresas ligadas à Abrafarma, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, foi de 8,7%. Marcos Rambalducci afirma que um crescimento como esse, em um ano de crise, é significativo.

Os medicamentos ainda representam a maior parte do faturamento, cerca de 60%. Mas o que tem ajudado a impulsionar as vendas do setor nos últimos meses foram os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. O empresário Rubens Augusto, dono da rede de farmácias Vale Verde, destaca que a venda de não medicamentos tem feito a diferença. Para o empresário, o segredo é se reinventar nos momentos de crise.

O setor farmacêutico de varejo brasileiro movimenta R$ 65 bilhões por ano.