SEGUNDA, 17/08/2020, 06:30

Federação da Agricultura comemora reconhecimento do Paraná como Área Livre de Aftosa sem Vacinação

Presidente da FAEP avalia que se nova condição sanitária for confirmada a nível internacional, estado deve abrir novos mercados não só para a carne bovina.

Com a publicação da Instrução Normativa pelo Ministério, reconhecendo o Paraná como área de Livre de Aftosa sem Vacinação, a próxima etapa é a confirmação internacional desse status pela Organização Mundial de Saúde Animal. O pedido foi encaminhado à OIE na semana passada e a expectativa do setor é de que, com a chancela da Organização, o estado consiga abrir novos mercados e atrair mais investimentos.

A entidade deve confirmar a nova condição internacional de sanidade do Paraná em relação à febre aftosa em maio de 2021. Em entrevista ao jornalista e colunista de Agronegócio da CBN Londrina, Sérgio Mendes, o presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette, comemorou o anúncio e destacou o longo processo para se chegar ao reconhecimento do estado como Área Livre de Aftosa sem Vacinação.

O inquérito epidemiológico citado por Meneguette, foi finalizado em maio, e coletou amostras de sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades e não constatou a circulação do vírus da aftosa no Paraná, que registrou o último foco da doença em 2006.

A estimativa da Secretaria de Agricultura é de que com o reconhecimento internacional o estado possa dobrar as exportações de carne suína, por exemplo, e passar das atuais 107 mil toneladas para 200 mil toneladas por ano.

Ágide Meneguette avalia que o reconhecimento internacional como Área Livre de Aftosa sem Vacinação deve beneficiar também segmentos de outras cadeias produtivas do estado.

Desde outubro de 2019 o uso e a comercialização da vacina contra a febre aftosa no Paraná está proibida.

A vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela campanha de atualização de rebanho, que começou em 1º de maio deste ano e, por conta da pandemia, vai até 30 de novembro. O cadastro, afirma a Secretaria de Agricultura, é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a saúde do rebanho.

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