QUINTA, 24/09/2020, 17:25

Federação da Agricultura vem monitorando de perto chegada de sementes chinesas

Principal problema, explica técnica da Faep, é o risco das sementes desconhecidas introduzirem novas pragas e doenças ao país e com isso causarem prejuízos incalculáveis à agricultura e ao meio ambiente.

Os primeiros relatos no Brasil sobre a chegada dos pacotes com as sementes chinesas começaram a circular em julho. As embalagens, enviadas sem nenhum tipo de pedido, trazem poucas sementes e não têm qualquer identificação do remetente. Pelo mundo, há notícias dos pacotes na União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Austrália, entre outros países. Aqui no Paraná, já foram registrados pacotes com a sementes em Curitiba, Maringá e Paranavaí.

Ainda em agosto, mesmo sem nenhum caso no Brasil, o Ministério da Agricultura emitiu um alerta sobre o problema. A técnica da área de grãos da Faep, Ana Paula Kovalski, explica que a chegada das sementes ao país preocupa a entidade, que vem acompanhando de perto a situação.

Em caso de recebimento do pacote de semente a orientação dos técnicos é para que não se abra a embalagem. Se for aberto, uma opção é colocá-lo em um outro saco plástico fechado e encaminhar o material para a unidade do Ministério da Agricultura em Londrina, na avenida do Café, 543, Bairro Aeroporto. O telefone é o 2104-3500.

Outra opção é entregar o pacote na sede da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná aqui em de Londrina, que fica na Rua Palheta, 103, Bairro Aeroporto. O telefone é o 2104-7900. A Adapar também tem unidades em Rolândia e Bela Vista do Paraíso.

A técnica da Faep diz que o principal problema é o risco das sementes desconhecidas introduzirem novas pragas e doenças no país e com isso causarem prejuízos incalculáveis à agricultura e ao meio ambiente.

O serviço postal da China afirma que vem colaborando com as investigações para identificar os remetentes dos pacotes. As autoridades sanitárias dos países que receberam as sementes seguem apurando o caso, que ainda é um mistério. As primeiras análises feitas nos Estados Unidos identificaram mais de 300 espécies diferentes.

Todas as amostras recolhidas no Brasil serão analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás, para saber de que tipo de planta se trata e se está contaminada com algum organismo nocivo.

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