Um levantamento feito pela Secretaria de Saúde de Londrina, a pedido da nossa reportagem, revela que a fila de espera para consultas, exames e cirurgias em algumas especialidades pode durar mais de três anos.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, existe uma fila de espera, mas o tempo para o atendimento seria curto em algumas especialidades. São os casos de consultas com dermatologistas, nefrologistas e mastologistas, o que se resume entre dois a três meses para consultas, exames e atendimentos, isso depende da gravidade, há casos em que pode ser feita imediatamente.

Na cardiologia, o SUS - Sistema Único de Saúde oferece para Londrina em média 500 consultas por mês, e uma espera de até quatro meses, dependendo da prioridade do caso.

Já no caso da neurologia, a média de espera pode chegar até um ano e dois meses. Mas com especialidades dentro da própria neurologia: Para neurocirurgias, a média de espera são dois meses, até o momento são 47 pacientes na fila de espera. Na neurologia geral, o tempo de espera é de seis a sete meses, com mais de 460 pacientes. A neuropediatria, passa de oito meses com prioridade, ou seja, casos mais graves, e quando não são graves passa de um ano a espera.

Já no setor de urologia, mesmo os casos mais graves levam mais de um ano para serem atendidos.

O homem idoso, que preferiu não se identificar, passou por um tratamento de úlcera há pelo menos três anos, e desde então o médico havia solicitado que ele fizesse exames periódicos, de seis em seis meses, para avaliar a situação do estomago e se a úlcera voltou. Mas o paciente espera pelo exame há dois anos e agora que estava finalmente previsto para ser realizado, o aparelho de endoscopias do HU de Londrina quebrou. Ele só deve voltar a funcionar no final da primeira semana do mês que vem, e só ai ele poderá fazer a endoscopia.

Segundo o Secretário Municipal de Saúde, Gilberto Martin, há especialidades que a fila de espera é grande por causa da grande demanda e poucos médicos que atendem. Ainda de acordo com o secretário o que o SUS paga é pouco e não são todos os médicos e clínicas que querem atender. Só os médicos do Sistema não comportam a demanda.

Ainda de acordo com o Martin, a solução para redução da fila e do tempo de espera é fazer mutirões de saúde, mas precisa de dinheiro. Um mutirão está previsto para ser feito nas próximas semanas, com o dinheiro do governo do estado.