Uma reunião remota na tarde desta quarta-feira na Câmara de Vereadores de Londrina discutiu a atuação dos órgãos fiscalizadores no combate à pandemia da Covid-19 na cidade. Participaram representantes do Legislativo, das forças de segurança como Polícia Militar e Guarda Municipal, órgãos da prefeitura como a secretaria de Fazenda e entidades da sociedade civil organizada, como a ACIL, Sincoval e Clube de Engenharia.

O tenente-coronel Villa, comandante do 5o Batalhão da Polícia Militar, destacou o trabalho de fiscalização feito durante o último decreto de medidas restritivas impostas pelo governo do estado. Durante os dez dias, a PM atendeu 414 ligações no telefone 190 com denúncias de aglomeração e outras irregularidades. Destas, 70 foram canceladas pelo solicitante e apenas quatro foram convertidas em termos circunstanciados, que posteriormente podem resultar em alguma punição.

Uma das ocorrências, registrada na divisa entre Londrina e Cambé, chamou a atenção dos policiais. Em uma chácara, 22 jovens e adolescentes vindos de várias partes do País estavam reunidos para um reality show de usuários da rede social Tik Tok. A concentração foi dispersada e o responsável pelo local levado para a delegacia.

Já a Guarda Municipal atendeu mais de 12 mil denúncias desde o início da pandemia. Foram interditados 230 estabelecimentos e emitidos quase três mil termos de constatação, boa parte convertida em multa. O secretário de Defesa Social, Pedro Ramos, falou sobre as dificuldades em punir quem, muitas vezes, estava em desacordo com o decreto para levar o sustento para casa.

O vereador Eduardo Tominaga, que comandou a reunião, falou sobre a displicência de muitos em relação à pandemia que já contaminou mais de 40 mil londrinenses e resultou na morte de 762 pessoas até o momento.