SEGUNDA, 28/09/2020, 17:36

Gaeco ainda não terminou de analisar material apreendido na casa do presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas

Conclusão dos trabalhos pode culminar no pedido da prisão do parlamentar, suspeito de comandar um esquema de jogos de azar. Vereador nega as acusações e se diz vítima de uma perseguição política

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado continua com a análise de todo o material apreendido na casa do presidente da Câmara Municipal de Arapongas, vereador Osvaldo Alves dos Santos, do PSC, na semana passada. O parlamentar é acusado de comandar um esquema de jogos de azar na cidade. Durante a operação, os policiais apreenderam documentos, computadores e uma arma de fogo sem registro, além de uma grande quantidade de dinheiro em espécie. A quantia foi encontrada em um cofre no quarto do vereador. O promotor do Gaeco, Leandro Antunes, disse à CBN nesta segunda-feira que a conclusão da análise do material pode culminar no pedido da prisão do parlamentar, denunciado ao órgão por envolvimento no jogo do bicho. Apesar disso, ele não quis adiantar quando isso deve ocorrer. Diversas pessoas também já foram ouvidas, e os depoimentos, assim como o material, seguem sendo analisados. No dia da operação, o Gaeco cumpriu cinco mandados de busca e apreensão. Além da casa do vereador, os policiais visitaram o escritório da suposta organização criminosa, um bar e a residência da pessoa responsável por fazer o transporte do dinheiro obtido com os jogos de azar.

Apesar das acusações, Santos segue como presidente do Legislativo de Arapongas, sendo, inclusive, candidato à reeleição. Em um pronunciamento durante a primeira sessão da Câmara realizada após a visita do Gaeco, o vereador negou as acusações e se disse vítima de uma perseguição política.

Ele também alegou que a investigação não tinha a ver com o jogo do bicho, informação já desmentida pelos promotores, e deu a entender que teria sido denunciado por alguém da própria Câmara Municipal.

Santos também rebateu os argumentos de alguns colegas, que chegaram a pedir para que ele se afastasse do cargo após a operação do Gaeco.

A CBN também tentou contato com os advogados do vereador, mas eles informaram que não vão se pronunciar no momento.

Por Guilherme Batista

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