SEXTA, 20/11/2020, 11:16

Gaeco cumpre mandados de busca em seis cidades do Norte do Pananá.

Operação Enxágue mira exploração do jogo do bicho, com investigação de fraudes e lavagem de capital

Quatorze mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo Gaeco do Ministério Público do Paraná em investigação de possível organização criminosa voltada para lavagem de capital e fraudes. A Operação Enxágue iniciada em março do ano de 2019 pela Polícia Civil do Paraná mira a exploração do jogo do bicho em Arapongas.

Nesta fase o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado visa encontrar provas da lavagem de dinheiro proveniente da contravenção, como celulares, computadores e documentos.  Os mandados, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Arapongas,  foram cumpridos em endereços de Arapongas, Londrina, Ibiporã, Rolândia, Maringá e Jandaia do Sul.   Os principais alvos contadores, escritórios de contabilidade e “laranjas” do esquema de lavagem de dinheiro.

 

Com base nas investigações iniciais, o Gaeco e a Polícia Civil já haviam cumprido, em 18 de setembro, cinco mandados de busca e apreensão contra o presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas, além de outros alvos relacionados à prática do jogo do bicho. As buscas resultaram na apreensão de mais de R$ 500 mil em espécie, veículos de luxo e outros elementos de prova do crime de lavagem de capital.

 

A partir da análise do material apreendido, a operação desta sexta-feira focaliza especialmente a possível ocultação de pelo menos R$ 3 milhões de origem ilícita por meio de emissão de notas frias de venda de sementes de capim. O produto sido supostamente comercializado para empresas de fachada vinculadas a uma possível organização criminosa de lavagem de dinheiro e fraudes econômicas e tributárias, que se valeria de contadores e dezenas de estabelecimentos que têm “laranjas” e até mesmo pessoa morta ou inimputável como sócios. A quantia ocultada teria origem em diversos crimes que acarretaram prejuízo para instituições financeiras particulares e para o Estado.  (com informações da Assesoria de Imprensa do MP) 

Por Guilherme Marconi

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