SEGUNDA, 23/07/2018, 06:05

Gaeco ouve mais dois, mas ainda está atrás de advogado que pediu prisão de testemunha durante depoimento à Comissão Processante da ZR3

Delegado apura suposta coação de empresário, que é o responsável por denunciar esquema de corrupção ao Ministério Público. Vereadores integrantes da CP também já foram ouvidos.

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado coletou depoimentos de mais duas pessoas no inquérito que apura uma suposta intimidação sofrida pelo empresário Júnior Zampar durante reunião da Comissão Processante da ZR3 no início deste mês. A CP investiga a conduta dos vereadores afastados Rony Alves e Mário Takahashi, acusados de chefiar um suposto esquema de corrupção que, segundo as investigações do Ministério Público, cobrava propina em troca da aprovação de projetos que mudaram o zoneamento urbano de diversos terrenos do município.

Zampar, que foi o responsável por levar a denúncia ao MP no ano passado, procurou o Gaeco pra relatar que foi intimidado pelos advogados dos parlamentares investigados enquanto prestava depoimento à Comissão Processante. Um dos defensores, Maurício Carneiro, chegou a pedir a prisão dele por suposto falso testemunho. Na última semana, o delegado do Gaeco, Alan Flore, ouviu os três vereadores que integram a CP, além do procurador jurídico da Câmara e de outros dois funcionários: o assessor jurídico Paulo Anchieta e Vera Rubbo, que é assessora do vereador João Martins, o relator da Comissão Processante.

Flore ainda está atrás de Maurício Carneiro, que terá a oportunidade apresenta a sua versão dos fatos. O problema é que o advogado nunca é encontrado. O Gaeco só pretende concluir o inquérito depois que coletar o depoimento do defensor. Para o delegado, o erro grave da CP foi permitir que Júnior Zampar fosse tratado como testemunha e não vítima do esquema.

A Comissão Processante da ZR3 volta a se reunir na próxima quinta-feira para a coleta de novos depoimentos. Até agora, doze testemunhas de defesa foram ouvidas, além do empresário Júnior Zampar. Na próxima reunião os vereadores pretendem ouvir três ex-presidentes do Ippul, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina e os dois vereadores investigados. A CP tem até o dia 24 de agosto pra concluir as investigações e apontar se Rony ou Takahashi são ou não culpados da acusação. Se o relatório final apontar quebra de decoro parlamentar, a dupla pode ter os mandatos cassados em plenário.

Por Pauta CBN

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