Governo do Estado paga salário dos professores e servidores da UEL e greve prevista para iniciar segunda-feira é abortada
Procuradoria Geral do Estado entrou com ações contra universidades que não aderiram ao sistema Meta4 dentro do prazo estabelecido.
Funcionários e professores da Universidade Estadual de Londrina – UEL decidiram entrar em greve, em assembleia realizada durante a manhã e tarde desta última quinta-feira.
Tudo porque o governo do estado não havia depositado os salários até o fim da tarde de quarta-feira, o que era previsto devido ao atraso no envio da documentação da universidade para aderir ao sistema Meta4.
A greve seria deflagrada somente na segunda-feira, respeitando, no caso do HU, a demanda de apenas 30%.
Mas no meio da tarde de ontem, o governo do estado confirmou o pagamento dos salários. E isso fez com que as categorias voltassem atrás na decisão de manter a greve.
De acordo com o presidente da ASSUEL Sindicato, Adão Brasilino, que representa os servidores da UEL, apesar de já ter previsto o pagamento os servidores ainda vão se reunir para uma nova assembleia na segunda-feira que vai derrubar a greve que estava prevista para iniciar em 72h.
Já o representante dos professores da UEL, Nilson Magagnin Filho, presidente do Sindiprol/Aduel, ressalta que apesar de não deflagrarem a greve os sete sindicatos que representam os professores das sete universidades estaduais se reúnem nesta sexta para debaterem a pressão do governo do estado com o Meta4.
O problema começou na semana passada quando o Secretário da Fazenda do Estado informou que, após uma troca no sistema, o depósito de pagamentos para as universidades que não aderiram ao Meta 4 está impossibilitado. Em seguida, a justiça estabeleceu uma multa diária de R$ 500 para os reitores Mauro Baesso, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), e Berenice Jordão, da UEL, pelo descumprimento da ordem judicial, de adesão ao sistema Siaf, que não prevê outra solução para o controle e execução orçamentária e financeira de pessoal que não seja pelo Meta4.
Diante desse cenário, a UEL optou pelo envio dos documentos para o novo sistema.
Segundo a assessoria de imprensa do governo estadual, durante toda a quarta-feira, os técnicos trabalharam para concluir a análise da documentação. Ainda de acordo com estado, os primeiros arquivos da UEL e da UEM apresentaram inconsistências nas informações, depois de tudo corrigido na quinta-feira o pagamento foi efetuado.
Apesar disso, a Procuradoria Geral do Estado entrou com ações contra as universidades que demoraram para entregar a documentação para aderirem ao sistema, nesse caso a UEL e a UEM.
Nossa reportagem tentou gravar entrevista com representantes da Procuradoria, para saber mais detalhes das ações e se agora que os documentos foram enviados poderia haver a anulação das ações, mas não recebemos retorno até o fechamento desta edição.