O Governo Federal anunciou a prorrogação, por três meses, do Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o Pronampe, e um novo aporte de R$ 12 bilhões. Com a alta demanda e a escassez de crédito no mercado, os quase R$ 18 bilhões disponibilizados inicialmente para o programa se esgotaram em pouco mais de um mês, de acordo com o Governo.

O Pronampe foi criado para auxiliar micro e pequenas empresas, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, a enfrentarem a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.

O consultor da área de ambientes de negócios do Sebrae, Sérgio Ozório, afirma que cerca de 40% do total de aproximadamente 5 milhões de Micro e Pequenas Empresas do país tentaram acesso ao crédito do Pronampe, sem falar nos Micro Empreendedores Individuais, os chamados MEIs. Mas, menos de 10% delas, o correspondente a 220 mil empresas conseguiram integral ou parcialmente algum crédito. 

O consultor do Sebrae diz que com a nova etapa do programa, o mais atrativo do mercado para os micro e pequenos, a expectativa é que outros 170 mil empresários tenham acesso aos recursos.

Mas o dinheiro deve acabar rápido, já que a fila de espera nos bancos, segundo Sérgio Ozório, é grande.

O empresário Luiz Fernando Sardo tem duas pequenas empresas na área alimentícia, conseguiu empréstimo para apenas uma delas, mas, mesmo assim um valor bem abaixo do teto estabelecido pelo programa.

Ele conta que já entrou em contato com o banco e as notícias em relação à prorrogação do Pronampe não foram boas. O empresário fala em diferenças entre o anunciado pelo Governo e o que ocorre na prática.