Ibiporã, na região metropolitana de Londrina, registrou no final de semana um aumento de 30% no consumo de água. Somente no último sábado, segundo a Samae, que é a responsável pelo abastecimento, os cerca de 55 mil moradores da cidade consumiram 22 milhões de litros de água, apenas dois milhões de litros a menos que a capacidade máxima de produção da empresa municipal, que é de 24 milhões. No final da tarde, alguns bairros, que ficam na parte alta da cidade, chegaram a sofrer com um desabastecimento momentâneo. O diretor-presidente da Samae, Edvaldo de Paula, destaca que sempre há excessos por parte dos moradores aos sábados, o dia da semana, segundo ele, que as pessoas ficam em casa e, consequentemente, realizam atividades domésticas que demandam o uso de água, como a realização de faxina e a lavagem do carro, por exemplo.

Edvaldo de Paula lembra que, atualmente, o Paraná passa por uma grave crise hídrica, e que alguns pontos do estado, como a região metropolitana de Curitiba, por exemplo, já estão tendo que passar por sistema de rodízio. O diretor garante que a Samae continua tendo condições de atender todos os moradores de Ibiporã, mas pede para que a população haja com bom-senso e de forma consciente. Quando há o consumo exacerbado por parte de uma parcela dos usuários, conforme ele, o risco de faltar água para a realização de atividades básicas é iminente.

Diferentemente de Ibiporã, em Londrina o consumo se estabilizou nos últimos dias depois do registro de um índice histórico no início deste mês. Em 3 de outubro, um sábado, a cidade teve o maior consumo de água de toda a sua história. Segundo dados da Sanepar, foram consumidos neste dia 250 milhões de litros de água. O valor é 17% maior que a média registrada durante o verão passado e supera em 15 milhões de litros os 235 milhões registrados em 2017, até então o recorde de consumo. Já no feriado prolongado, o consumo variou entre 184 milhões de litros, registrados no sábado, e 196 milhões, a marca da segunda-feira. Apesar da aparente normalização, a Sanepar orienta o usuário a continuar com o chamado consumo consciente na cidade.