Faltando menos de duas semanas para o Natal, o movimento nos supermercados e lojas especializadas em produtos típicos dessa época vem crescendo. Mas o que pouca gente sabe é a quantidade de tributos pagos em cada um deles.

Um levantamento feito pela BDO auditoria e consultoria, uma das mais importantes do setor no país revela que na lista dos produtos mais tributados, estão itens como o espumante, o peru e os tradicionais fogos de artifício. E em alguns deles, o cidadão paga mais pelo imposto que pelo produto.

Vamos aos números. Se você não abre mão dos fogos de artifício, se prepare porque a quantidade de tributos embutidos neles é a mais alta de todos os produtos do Natal: mais de 64%, pra ser preciso, 64,25%.

Já no típico espumante para a Ceia, o total de impostos é de quase 58%. E se você gosta de preparar a casa e deixar arrumada, na árvore e nos enfeites os tributos ultrapassam os 47%. Até entre as tradicionais comidas da época, como o Peru, o Chester e o Pernil, os impostos são altíssimos e chegam a mais de 25%.

O advogado tributarista Gustavo Mitne afirma que fica difícil para o consumidor entender tanto imposto e tanta diferença entre a carga tributária de cada produto.

São tributos como ICMS, IPI, PIS, COFINS e outros, que colocam o Brasil como um dos países com a maior carga tributária do mundo, que prejudica e muito a economia.

Gustavo Mitne afirma que, além dos impostos, há uma série de custos embutidos nos produtos e que o consumidor não vê.

O advogado avalia que somente uma reforma tributária ampla e que não privilegie a arrecadação sobre o consumo pode mudar essa realidade.