QUINTA, 25/11/2021, 18:00

Industrial paranaense está mais preocupado com futuro da economia, aponta pesquisa da Fiep

Foi a terceira queda seguida no indicador de confiança da entidade, que registrou ainda a pontuação mais baixa dos últimos sete meses.

De acordo com a pesquisa mensal da Fiep, realizada em parceria com a Confederação Nacional da Indústria, o índice de novembro chegou a 57,9 pontos no estado, ainda dentro da área de otimismo, mas atingiu a menor pontuação dos últimos sete meses.

O economista da Fiep, Marcelo Alves, explica que ao contrário dos últimos dois meses, quem puxou a redução dessa vez não foi o indicador de condições, mas o que reflete as expectativas do empresariado industrial. Ele afirma ainda que a escassez e o alto custo das matérias-primas, permanecem, mas vêm sendo contornadas pelo setor e parecem não ser mais o principal foco de preocupação dos empresários.

Segundo o economista, a pesquisa revelou que o industrial paranaense anda mais desconfiado com alguns sinais do mercado, que revelam a fragilidade da economia brasileira, como o dólar e a inflação em alta, as previsões pessimistas de crescimento do PIB para 2022, e as condições macroeconômicas desfavoráveis do país.

A pesquisa mostrou ainda que 29% dos entrevistados se queixaram de queda no volume de produção. Quase 50% apontaram estabilidade e 21% afirmaram que aumentou. A utilização da capacidade instalada das linhas de produção permaneceu igual para 58% dos entrevistados. O ideal, explica Alves, é ficar entre 80% e 90%.

O economista afirma ainda que 8% dos entrevistados afirmaram estar com estoques zerados. E 13% disseram estar com eles baixos ou muito baixos, o que, segundo Alves, nem sempre representa um problema.

Em relação ao mercado de trabalho, o cenário é mais positivo para os próximos seis meses, com apenas 13% afirmando que devem demitir. Mais de 68% disseram que pretendem segurar os postos atuais e 18% esperam contratar mais pessoal.

No caso da demanda nos próximos meses, 45% dos pesquisados disseram que ela deve se manter e 26% falaram em aumento. Já 29% estimam uma redução dos postos de trabalho.

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