Instituto Ambiental do Paraná multa responsáveis por desmatamento de perobas em Londrina
Duas pessoas foram multadas em mais de R$ 434 mil no total.
O Portal do Instituto Ambiental do Paraná divulgou que duas pessoas foram multadas pelo Escritório Regional do Instituto em Londrina por desmatamento ilegal e extração de árvores da espécie peroba, ameaçada de extinção.
Em 30 de janeiro, fiscais do IAP e da Polícia Ambiental receberam uma denúncia e encontraram 58 hectares desmatados na zona rural de Londrina, no Norte do Estado.
No local também foram achadas duas motosserras usadas para beneficiar a madeira ainda dentro da mata.
O proprietário da área foi multado em R$ 414,5 mil por desmatar floresta em estágio médio de regeneração sem autorização, por desmatar vegetação nativa em área de reserva legal sem autorização e pelo corte de 10 perobas, espécie protegida pela legislação ambiental.
Já o segundo autuado, que fazia o corte no local, recebeu multa de R$ 24,5 mil por desmatar vegetação nativa em área de reserva legal sem autorização, pelo corte de 10 perobas, e pelo porte de duas motosserras sem licença ou registro.
Quem pratica o desmatamento ilegal pode ser multado em até R$ 10 mil por hectare, ou fração, e ainda responder a processo por crime ambiental.
No caso do corte da peroba, o valor da multa é de R$ 750,00 por árvore derrubada, além daquela referente à área que sofreu desmatamento ilegal. Se o desmatamento ocorrer dentro de Áreas de Preservação Permanente (APP) o valor pode variar de R$ 5 mil a R$ 50 mil por hectare ou fração de vegetação atingida.
Os métodos utilizados para o desmatamento irregular podem elevar o valor da multa, como o uso de fogo e a supressão de espécies ameaçadas de extinção. Além disso, a área desmatada deve ser recuperada e passa a ser embargada para demais atividades.
Se houver reincidência, isto é, quando o infrator já foi autuado ou respondeu criminalmente por desmatamento, o auto de infração poderá ser ainda maior e até triplicar o valor da multa administrativa.
Nossa reportagem tentou contato com o chefe Regional do IAP, mas ele não atendeu nossas ligações e nem as retornou. As informações oficiais são do próprio Instituto.