Ainda vai longe a investigação interna aberta pela Secretaria Municipal de Defesa Social para investigar a conduta dos guardas municipais Fernando Ferreira das Neves e Michael de Souza Garcia, suspeitos do assassinato do jovem Matheus Evangelista, de 18 anos. O rapaz foi morto com um tiro no pescoço em março deste ano, durante uma abordagem da Guarda Municipal na zona norte da cidade.

Segundo a polícia, o tiro teria sido disparado por Neves, que, com a ajuda de Garcia, teria omitido a situação do boletim que registrou a ocorrência. Os dois, que estão presos e afastados das funções, já foram denunciados à Justiça por homicídio e fraude processual.

O secretário de Defesa Social, Evaristo Kucek, afirmou que a sindicância foi aberta só depois que o município conseguiu acesso às provas e depoimentos coletados pela polícia. Segundo ele, o procedimento deve ser finalizado em 90 dias, com a possibilidade de ser prorrogado pelo mesmo período. Ou seja, a previsão é de que a conclusão só saia no final do ano. Se forem considerados culpados das acusações apuradas pela sindicância, os dois guardas municipal podem ser expulsos da corporação.

O secretário também disse que o município já prepara recursos contra a liminar concedida pela 1ª Vara Criminal de Londrina que garantiu uma pensão de dois terços de um salário mínimo aos pais do jovem que foi morto. A defesa da família também já entrou com um pedido de indenização de 2 milhões de reais por conta da tragédia.