A ideia, segundo o fotógrafo e advogado Gabriel Melhado, surgiu quando ele foi ao residencial, em abril, fotografar um evento a convite de um colega. Logo que começou a fotografar, um grupo de crianças e adolescentes se aproximou, começou a fazer perguntas, e a coisa engrenou e se transformou no projeto FotoFlores.

A partir daquele dia, todos os sábados se transformaram em grandes sessões de fotografia, onde eles passaram a registrar a realidade em que vivem. E tudo à moda antiga, com câmeras analógicas, o que, segundo o advogado e fotógrafo, é mais um desafio para os alunos.

A campanha fica no ar até o dia 14 de novembro e o objetivo é arrecadar R$ 6 mil, para serem usados na confecção das fotos e molduras para a exposição. Gabriel Melhado diz que os valores variam de R$ 15 a R$ 500, e cada pessoa que contribuir ganha uma foto, de alta definição, feita pelos garotos e garotas do projeto.

O projeto só foi pra frente com câmeras emprestadas e rolos de filmes doados e  o resultado tem sido a captura de imagens espontâneas do cotidiano, do dia a dia da ocupação.

Gabriel Melhado acredita que, além de ampliar o universo cultural, o projeto traz também a possibilidade de novas perspectivas, até profissionais para os alunos.

O fotógrafo diz que a mostra deve ser realizada no próprio residencial, entre os dias 7 e 8 de dezembro, e depois partir para outros espaços que queiram receber as fotos. O Flores do Campo teve as obras abandonadas pela construtora responsável no início de 2016 e em outubro do mesmo ano o residencial foi ocupado por centenas de famílias de baixa renda.

Para quem ficou interessado, o trabalho das crianças e jovens do FotoFlores pode ser conferido no perfil do projeto no Instagram.  O endereço para quem quiser contribuir é o www.benfeitoria.com/fotoflores.