O juiz da 2ª Vara Federal de Londrina, Oscar Roberto Tomazoni, recebeu nesta segunda-feira alguns moradores do conjunto Flores do Campo, na zona norte de Londrina, e entidades que apoiam o movimento. Nesta quarta-feira, está prevista a reintegração de posse do empreendimento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Porém, segundo o diretor do Centro de Direitos Humanos, Carlos Santana, a Justiça teria mudado de ideia. No ano passado, quando a desocupação deveria ter acontecido, o Tribunal Regional da 4ª Região deu uma segunda chance, concedendo mais 90 dias.

Atualmente, cerca de 120 famílias continuam no Flores do Campo. Santana informou que o magistrado necessita de mais tempo para avaliar todas as peças do processo.

O impasse envolvendo as 1.218 unidades do Flores do Campo se arrasta desde 2015, quando a empreiteira responsável pelas obras abandonou o serviço pela falta de repasse de dinheiro do governo federal. Desde então, o local foi ocupado. A Companhia de Habitação de Londrina, a Cohab, afirma que não tem como abrigar as famílias. Procurada, a Caixa Econômica Federal informou que não iria se manifestar sobre o possível adiamento da reintegração.