TERCA, 22/01/2019, 19:05

Juiz dá prazo de 48 horas para que prefeito afastado de Rolândia se apresente no fórum da cidade

Defesa de Luiz Francisconi Neto diz que ele vai se apresentar à Justiça na tarde desta quarta-feira. Depoimento à CP pode sair ainda essa semana.

A notificação foi feita na quinta-feira da semana passada, em função da dificuldade da Comissão Processante em localizar o prefeito afastado para intimá-lo a prestar depoimento na investigação aberta contra ele na Câmara Municipal. A CP tenta ouvir Luiz Francisconi Neto há quase duas semanas. De acordo com o presidente da Comissão, vereador Irineu de Paula, do PSDB, foram várias tentativas, durante mais de uma semana, para tentar encontrar o prefeito afastado, que também enfrenta um processo criminal na justiça.

O presidente da CP afirma que Francisconi teria desrespeitado uma das medidas cautelares definidas pela justiça na ação apresentada pelo Ministério Público. Segundo Irineu de Paula, no mesmo dia em que foi informado da dificuldade em encontrar o Prefeito, o juiz emitiu um despacho dando um prazo de 48 horas para Luiz Francisconi Neto se apresentar ao judiciário.

O presidente da Comissão Processante afirma que aguarda apenas a notificação de Francisconi pelo oficial de Justiça e que quando isso ocorrer o depoimento será agendado para o dia seguinte, como define a legislação.

Irineu de Paula diz ainda que os trabalhos da CP, que tem prazo de conclusão para 10 de fevereiro, estão quase finalizados. Falta apenas ouvir o prefeito afastado.

A defesa do prefeito afastado afirma que ele não prestou depoimento porque estava viajando com a família. O advogado Lucas Zanotti destaca ainda que Francisconi não desobedeceu nenhuma medida cautelar. Sobre o prazo de 48 horas para que o prefeito afastado se apresente à justiça, o advogado diz que foi notificado do despacho do juiz na terça-feira e que Francisconi vai à vara criminal de Rolândia na tarde desta quarta-feira.

Segundo a defesa, o prefeito deve depor ainda essa semana, provavelmente na próxima sexta-feira, 25.

Luiz Francisconi Neto é investigado pela Operação Patrocínio, do Gaeco, e é acusado de receber propina para favorecer uma empresa em um processo de licitação do aluguel de um barracão que pertencia ao antigo Instituto Brasileiro do Café. Além do prefeito afastado, dois ex-secretários municipais e empresários também são investigados.

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