O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Délcio Miranda da Rocha acatou a denúncia de 13 investigados pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na Operação ZR3. Essas pessoas são acusadas de envolvimento em um suposto esquema criminoso de pagamento de propina em troca de alteração de zoneamento na cidade. Na lista de denunciados estão: os vereadores afastados Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV), o ex-secretário do Meio Ambiente, Cleuber Brito, e a ex-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Londrina (Ippul), Ignês Dequech, que também eram integrantes do Conselho Municipal da Cidade (CMC).

Além deles, são réus: Antônio Carlos Gomes Dias, Brasil Filho Theodoro Mello De Souza, Evandir Duarte de Aquino, Homero Wagner Fronja, José de Lima Castro Neto, Julio Cesar Cardoso, Luiz Guilherme Christino Alho da Silva, Ossamu Kaminagakura e Vander Mendes Ferreira.

Na opinião do juiz, a iniciativa do Ministério Público  de denunciar os delitos é “de natureza pública, foi respeitado o princípio da necessidade, há a prática de fatos aparentemente criminosos, as partes denunciadas são legítimas e de punibilidade concreta”.

Além disso, o magistrado afirmou na decisão, que as acusações do MP estão amparadas por “provas e indícios colhidos por meio de procedimento investigatório criminal”. Sendo assim, os 13 respondem pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

Por se tratar de um suposto crime de menor potencial,  o juiz declarou incompetência para julgar José Vicente Alves do Socorro, Diretor de Planejamento Urbano do Ippul e determinou a distribuição do caso para um dos Juizados Especiais Criminais.

O Ministério Público apresentou a denúncia contra as 13 pessoas no dia 9 de fevereiro. Foram informados 15 fatos criminosos e o MP sustentou que os líderes do esquema eram os vereadores afastados Rony Alves e Mário Takahashi.

A reportagem não conseguiu contato com o promotor do Gaeco, Leandro Antunes.