Seis dos sete condenados pela Justiça tinham sido alvos da Operação Sicário, deflagrada em julho de 2019 com o objetivo de enfraquecer a atuação de uma organização criminosa que age no interior de presídios de diversos municípios paranaenses, principalmente aqui na região norte, e em outros estados.

A promotora Márcia Regina dos Anjos, da 16ª Promotoria aqui de Londrina, diz que a maior parte do núcleo familiar condenado agora pela justiça já estava presa. Faziam parte do grupo um casal, que chefiava o esquema de tráfico de dentro do presídio, as mães dos dois e outros parentes.

Três mulheres da família foram condenadas às maiores penas, de nove anos e nove meses de prisão por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Os outros quatro receberam penas de três anos e seis meses a oito anos e nove meses de detenção.

A promotora explica que essa é a segunda condenação da Operação Sicário, que ela avalia como produtiva diante do tamanho da investigação, da quantidade de envolvidos, alguns já condenados a mais de 30 anos de prisão, e do número de ações penais em andamento.

A promotora ressalta que duas ações penais que fazem parte da Operação Sicário tratam das finanças da facção, estratégia fundamental, na avaliação dela, para que se consiga resultados mais efetivos no combate ao crime organizado.

Mais de 130 pessoas foram denunciadas criminalmente pelo MP no fim do ano passado por envolvimento com a facção criminosa. Desse total, quase 100 já estavam presas.

A investigação foi desenvolvida em conjunto pelo Gaeco, 16ª Promotoria de Londrina e Polícia Militar. A Operação Sicário, deflagrada em julho de 2019, deu cumprimento a 108 mandados de prisão e 80 de busca e apreensão em 40 cidades do estado e em um município paulista.