Começaram nessa segunda-feira (26) as audiências judiciais do processo criminal da 3º fase da Operação Publicano. Essa etapa da apuração comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado investigou um núcleo de lavagem de dinheiro que seria comandado pelo auditor fiscal e ex-delegado da Receita Estadual em Londrina, José Luiz Favoreto. Os recursos, conforme o Ministério Público estadual, eram obtidos por Favoreto através da cobrança de propina de empresários fiscalizados pelo órgão. Além dele, a ação tem outros 17 reús – entre eles, o principal delator do esquema de corrupção na Receita, Luiz Antônio de Souza.

Duas testemunhas de acusação foram ouvidas nessa segunda pelo juiz da 3º Vara Criminal de Londrina, Juliano Nanuncio. Para o promotor Jorge Barreto, que coordena o Gaeco, os depoimentos já prestados e também os que serão dados nos próximos servirão para confirmar a tese do MP de que notas frias eram emitidas pelo grupo para lavar o montante ilícito.

Perguntado sobre como Luiz Antônio de Souza irá se comportar ao depor, já que o acordo de delação do auditor foi rescindido, o promotor alegou que espera que o réu reitere o que disse antes ao MP, pois, para Barreto, as denúncias de Souza foram corroboradas através de outras provas.

Os depoimentos das testemunhas de acusação prosseguem na tarde desta terça-feira e serão finalizados na próxima segunda-feira (3). Já as testemunhas de defesa irão falar ao magistrado nos dias quatro, cinco e seis de outubro. As oitivas dos réus, por sua vez, ocorrem em 10, 17, 18 e 19 de outubro. As audiências são no Tribunal do Júri de Londrina.