QUINTA, 03/01/2019, 18:44

Justiça decide manter vereador Rony Alves preso

A poucos dias do fim do prazo de afastamento da Câmara, determinado pelo judiciário, vereador sofre mais uma derrota na justiça e retorna para a PEL 1.  

O vereador afastado Rony Alves passou pela audiência de custódia nesta quinta-feira à tarde e teve a prisão preventiva mantida pela Justiça. Alves teve um pedido de liberdade negado dois dias após sua prisão, em 22 de dezembro. Depois da audiência no Fórum, o vereador afastado voltou para a PEL 1.

Alves é acusado de ameaçar o produtor rural Júnior Zampar, principal testemunha de acusação da Operação ZR3, que descobriu um suposto esquema de cobrança de propina para alterações no zoneamento da cidade. De acordo com agricultor, que denunciou as irregularidades, o vereador afastado o teria ameaçado em uma agência bancária da cidade. As ameaças teriam sido comprovadas pelas câmeras de segurança do banco.

Além disso, a tornozeleira eletrônica usada por Rony Alves também apontou hora e local informados pelo produtor rural. Nesta sexta-feira à tarde o vereador afastado presta depoimento sobre o caso no Gaeco e o Ministério Público tem até segunda-feira para oferecer denúncia contra ele.

Tentamos contato com o advogado de Rony Alves, Maurício Carneiro, mas ele não atendeu nossas ligações. Além de Alves, também foram denunciados à Justiça pela Operação ZR 3, o presidente afastado da Câmara, Mário Takahashi e mais onze pessoas.

Os dois vereadores foram afastados da Câmara por 180 dias, em 24 de janeiro do ano passado. Em julho, a justiça decidiu prorrogar por mais seis meses esse prazo, e ele acaba agora em janeiro. A assessoria da Câmara explicou que a confirmação da data exata de retorno dos dois ainda vai ser feita nos próximos dias.

Mas com a liberdade negada pelo juiz, depois da suposta ameaça à testemunha da ZR 3, Alves não tem como reassumir a vaga na Casa. Isso, se até lá a defesa não conseguir tirá-lo da prisão. Também existe a possibilidade do juiz prorrogar, mais uma vez, o afastamento. O advogado de Mário Takahashi, Anderson Mariano, também não atendeu nossas ligações para falar sobre o possível retorno do cliente ao Legislativo Municipal.

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