QUARTA, 13/12/2017, 19:38

Justiça determina bloqueio de bens do prefeito de Tamarana e de outras seis pessoas por fraude em licitação

Ação ajuizada na última segunda-feira investiga contrato com empresa de contabilidade, firmado em 2012.

A Justiça determinou o bloqueio de bens do prefeito de Tamarana, Beto Siena, do DEM, e de outras seis pessoas. Eles são acusados de fraudar uma licitação, de 2012, para desviar recursos públicos.

Segundo a ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público, uma empresa de contabilidade foi contratada pela prefeitura e recebeu por serviços que não teriam sido prestados.

A investigação começou em 2012 e, segundo os promotores, Siena teria participado da fraude na última gestão à frente da Prefeitura. O atual chefe do Executivo de Tamarana já tinha ocupado o cargo outras duas vezes, de 2005 a 2008, e foi reeleito para mais quatro anos, entre 2009 e 2012.

Na decisão, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 92 mil de cada um dos acusados. Além do prefeito, tiveram seus bens bloqueados outras seis pessoas que ocupavam diretorias e secretarias da Prefeitura e o sócio da empresa de contabilidade.

A investigação do Ministério Público apontou que o município tinha, já naquela época, dois servidores da Prefeitura como contadores e que não precisaria contratar uma empresa para prestar os serviços de contabilidade.

De acordo com os promotores, o município pagou R$ 61 mil, em valores atualizados, por um serviço que não teria sido realizado. Segundo a investigação do Ministério Público, o contrato seria a maneira encontrada para dar uma suposta legalidade aos desvios.

A promotoria pede ainda que os envolvidos sejam condenados à perda dos cargos públicos e tenham os direitos políticos suspensos. Ainda não data para o julgamento da Ação.

Até a conclusão da reportagem, o advogado de Beto Siena, Maurício Carneiro, não atendeu nossas ligações.

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