QUINTA, 09/11/2017, 19:05

Justiça determina perícia na chamada zona de amortecimento da Mata dos Godoy

A polêmica surgiu no ano passado, depois que o IAP publicou uma portaria reduzindo em 30% a área que fica no entorno do parque e tem restrições de uso.

A perícia foi solicitada pela justiça depois de uma ação civil pública protocolada pela Ong Meio Ambiente Equilibrado. O processo no judiciário questiona o novo perímetro da zona de amortecimento do Parque Estadual Mata dos Godoy, modificada pelo Instituto Ambiental do Paraná através de uma portaria em 2016. Em novembro do mesmo ano, o juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara de Fazenda Pública de Londrina, ordenou a suspensão da portaria do IAP, que reduzia em quase 30% essa área. Na decisão, o Juiz também declarou que a alteração da zona de amortecimento foi tomada sem consulta ao Conselho Gestor do Parque, formado 20 instituições da sociedade civil e do governo. De acordo com a gerente da Unidade de Conservação, Leliana Casagrande, um dos objetivos da perícia é avaliar o real tamanho da área.

O perito é um engenheiro ambiental de fora da cidade, nomeado pela justiça. A ação civil pública também pede ao judiciário que sejam proibidos empreendimentos na zona de amortecimento. Segundo Leliana Casagrande, as três partes do processo, IAP, Prefeitura e Ong devem acompanhar o trabalho do perito.

A gerente explica que a zona de amortecimento tem restrições de uso e defende que o plano de manejo do Parque seja revisto a cada cinco anos.

A Ong MAE entende que o Parque Estadual Mata dos Godoy é a mais rica e importante reserva de Mata Atlântica de Londrina e abriga algumas espécies em risco de extinção. Segundo a Ong, a zona de amortecimento do Parque engloba 62 fragmentos de florestas interligados. A entidade chegou a apresentar à justiça um laudo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, que demonstra que a zona de amortecimento da Mata foi invadida, pelo Plano Diretor de Londrina, em pelo menos 16 km2.

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