Justiça determina transferência de presos condenados da cadeia de Cambé
15 detentos supostamente ligados a facções criminosas devem ser removidos para o sistema penitenciário.
O juiz Renato Cruz de Oliveira Júnior, do Plantão Judiciário, determinou a transferência imediata de 10 presos condenados da cadeia pública de Cambé, que registrou a última fuga no final de dezembro, para o sistema penitenciário. Durante a rebelião, os detentos também queimaram colchões e destruíram parte da estrutura. Dois sofreram queimaduras graves e permanecem internados na ala de queimados do Hospital Universitário.
Na decisão, o magistrado oficiou o Comitê Estadual de Transferência de Presos para que a remoção aconteça em regime de urgência. No despacho, o juiz disse que “apesar da extrema gravidade da situação, nenhuma medida foi adotada pelas autoridades para retirada dos presos para locais adequados”.
Segundo o delegado interino de Cambé, Vitor Dutra de Oliveira, cinco detentos já deixaram a cadeia de Cambé após a fuga do dia 27. A expectativa é que o mesmo aconteça com os outros 10 nos próximos dias.
Conforme Oliveira, a delegacia de Cambé tem capacidade para 40 detentos, mas permanece superlotada com 190. Desse número, 100 receberam uma condenação da Justiça. Ao enviar o pedido à Vara de Execuções Penais, o delegado explicou porque selecionou os presos que serão transferidos inicialmente.
O juiz Renato Júnior também comunicou que o chefe do Serviços de Operações Especiais, SOE, do Departamento Penitenciário do Paraná, o Depen, e o comandante da Polícia Militar de Cambé, capitão Marcelo Israel da Costa Vieira, mantenham ligação para evitar novas fugas.
Na semana passada, após uma revista, vários celulares foram encontrados pelo SOE. Funcionários da Defesa Civil do município e da Paraná Edificações, vinculado à Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, fizeram uma vistoria no espaço destruído durante a rebelião e descartaram qualquer risco da estrutura desabar.