QUARTA, 26/07/2017, 19:30

Justiça proíbe, mais uma vez, a entrada de novos presos na cadeia pública de Bela Vista do Paraíso e determina a transferência dos detentos provisórios e já condenados para unidades específicas

Delegado afirma que a situação da delegacia da cidade, onde ocorreram 20 fugas nos últimos três anos, é precária.

Na nova decisão, o juiz da comarca da cidade, Gabriel Gonzalez Vieira, determina que o Cotransp, o Comitê de Transferência de Presos de Londrina, indique no prazo de 72 horas o local para onde devem ser transferidos os presos definitivos e provisórios custodiados na delegacia de Bela Vista do Paraíso, além da indicação de uma unidade prisional para onde devem ser enviados futuros presos. O juiz fixa uma multa de R$ 1 mil por dia de descumprimento da decisão. O delegado da cidade, Luis Timossi, explica que a primeira decisão do judiciário saiu em abril de 2016 e foi confirmada pelo presidente do Tribunal de Justiça. Os termos eram basicamente os mesmos dessa nova decisão. A remoção dos presos provisórios e a transferência dos já condenados. Além da reforma ou construção de uma nova cadeia e ainda a proibição de entrada de novos presos, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, que mais trade foi reduzida para R% 5 mil. Em mais de um ano, apesar da primeira decisão judicial, o delegado diz que nada mudou.

Na nova decisão, o juiz Gabriel Vieira afirma que o Estado esquivou-se de cumprir a primeira determinação judicial e fala em má-fé processual. O delegado da cidade diz que a situação da cadeia é insustentável. A última fuga foi no dia 12 de junho, quando 13 presos fizeram um buraco em uma das celas e fugiram. Só um foi recapturado. Nos últimos três anos foram 20 fugas. Segundo o delegado Luis Timossi, a delegacia funciona no local há 47 anos, uma casa adaptada em que falta quase tudo.

Na decisão, o juiz afirma ainda que a ausência de policial do sexo feminino em todos os plantões inviabiliza a revista em visitantes do mesmo sexo, criando assim um cenário propício à entrada de celulares, armas e drogas no local e contribuindo para a insegurança dos policiais. O delegado Luiz Timossi, afirma que apenas uma agente é responsável por fazer uma revista improvisada dos visitantes, já que faltam instalações adequadas. 

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