SEXTA, 12/04/2019, 18:47

Justiça prorroga por mais 60 dias o afastamento dos diretores das clínicas psiquiátricas de Londrina investigadas por irregularidades

O MP ainda pede o descredenciamento das clínicas pelo sistema público de saúde. 

O Ministério Público solicitou a prorrogação das medidas cautelares contra os administradores das clínicas psiquiátricas investigadas por diversas irregularidades e a Justiça acatou prorrogando para mais 60 dias o afastamento dos diretores das clínicas de Psiquiatria de Londrina e a Villa Normanda, que têm contratos com o município.

No dia 12 de fevereiro, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão no estabelecimento e na casa dos diretores da unidade e duas medidas cautelares contra os responsáveis.

Há indícios de irregularidades em prontuários médicos para receber mais dinheiro do Sistema Único de Saúde - SUS.

De acordo com o promotor Paulo Tavares, o Ministério Público havia solicitado previamente, antes de expirar os 60 dias iniciais, a prorrogação do prazo que impede inclusive o acesso aos funcionários das clínicas por parte dos diretores.

Ainda de acordo com o promotor Paulo Tavares, o MP ainda quer o descredenciamento das clínicas pela rede pública de saúde, já cobrou o responsável pela autarquia de saúde e espera uma resposta formal. Ele ressalta que são repassados mais de R$ 1,140 milhão às clínicas que prestam serviço que não condiz com o que os pacientes necessitam.

As clínicas continuam atendendo os pacientes que já estavam internados no local, mas não tem recebido novos.

A prefeitura de Londrina por meio da Secretaria Municipal de Saúde já se pronunciou sobre o pedido do MP em desabilitar as unidades do sistema público, afirmando que estuda uma forma de substituir o credenciamento, mas que por enquanto não tem como desligar as mesmas do sistema.

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