O mês tradicionalmente seco, de estiagem mesmo, fechou com uma quantidade de chuva bem acima da média. Para ser mais preciso, quase três vezes acima da média histórica para agosto que é de 54 mm. Em 2020, o volume acumulado do mês chegou a 144 mm. Só para se ter uma ideia de como choveu fora dos padrões, em agosto do ano passado a cidade não registrou nenhum gota d’água durante todo o mês.

A meteorologista Ângela Costa, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, explica que a média histórica para setembro é de 115 mm e que o principal problema é a irregularidade cada vez maior das chuvas.

A meteorologista afirma que isso já ocorreu em agosto, quando choveu quase tudo em uma semana, e que apesar do volume bem acima da média no mês, o cenário mudou pouco e o déficit hídrico aqui na região permanece alto, na casa dos 300 mm.

Ângela Costa diz ainda que as temperaturas altas continuam nos próximos dias e a A baixa umidade relativa do ar também. Entre a quinta e o sábado, por exemplo, os índices devem girar em torno dos 20%. Quase três vezes abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde

Por enquanto, afirma a meteorologista, não há previsão de chuva para esses primeiros dias de setembro aqui na região. O que só deve ocorrer a partir da metade da semana que vem, com a chegada de mais uma frente fria, mas já sem grandes quedas de temperatura.

Ângela Costa explica que a grande preocupação agora é com o La Niña, o fenômeno climático que causa o resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial e que pode prolongar ainda mais a estiagem e aumentar o déficit hídrico do estado.

A meteorologista diz que a redução no volume de chuvas é quase certo, mas afirma também que ainda não é possível saber a intensidade do La Niña previsto para ocorrer entre a primavera deste ano e o verão de 2021.