SEGUNDA, 29/04/2019, 19:07

Laudo do IML confirma que Eduarda foi estrangulada até a morte

Menina teria sido morta e enterrada pelo próprio pai, que está preso. Polícia também encontrou desmanche de carros roubados em chácara que havia sido alugada pelo acusado.

Um laudo divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Médico Legal de Londrina confirmou que a menina Eduarda Shigematsu, de onze anos de idade, foi estrangulada até a morte. O exame também encontrou diversos hematomas pelo corpo da garota, o que indica que ela teria sido espancada antes de ser morta. O corpo de Eduarda foi encontrado enterrado nos fundos de uma casa no município de Rolândia, no Norte do Paraná, no domingo. A menina estava com as mãos e os pés amarrados e uma sacola na cabeça. Ela estava desaparecida há quatro dias. O pai da garota, Ricardo Seidi, que inclusive fez uma campanha nas redes sociais atrás do suposto paradeiro filha, foi preso acusado de matá-la. O delegado Ricardo Jorge, designado para investigar o caso, afirma que o suspeito admitiu que enterrou o corpo, mas nega que tenha matado Eduarda.

A polícia conseguiu encontrar o corpo da menina depois de analisar imagens de câmeras de segurança. Em uma delas, Eduarda aparece chegando da escola por volta das onze e cinqüenta da manhã da última quarta-feira, dia de seu desaparecimento. À uma e meia da tarde do mesmo dia, Ricardo aparece em uma outra imagem, entrando de ré com um carro no quintal da casa onde o corpo da garota foi encontrado. A residência estava para alugar e pertence à família de Eduarda. Segundo o delegado, tudo indica que a menina estava morta no porta-malas do veículo.

Eduarda morava em Rolândia com o pai e a avó, Tereza Shigematsu, que, segundo a polícia, também está sendo investigada por participação no crime. No enterro da menina, na manhã desta segunda-feira, a mulher chorou muito e pediu para que a neta perdoasse Ricardo. Já a mãe da garota, Jéssica Pires, veio de São Paulo para acompanhar as buscas e, posteriormente, o sepultamento da filha. Em um áudio obtido pela CBN, ela afirma que perdeu a guarda de Eduarda por não ter condições de sustentá-la. A mãe cita ainda o que pode ter motivado o assassinato da menina.

Apesar da localização do corpo, as investigações continuam. No início da tarde desta segunda-feira, policiais militares de Rolândia encontraram um desmanche com pelo menos três carros roubados numa chácara que pertence à avó de Eduarda e havia sido alugada por Ricardo. Um outro veículo apreendido na casa do acusado também estaria com as placas adulteradas, segundo a polícia. Já o automóvel usado para o transporte do corpo da menina continua desaparecido. O delegado responsável pelo caso destaca que ainda não é possível apontar quais são as reais causas do assassinato.

Por Guilherme Batista

Comentários