A Pesquisa é realizada pela Empresa Junior de Engenharia de Produção da UTFPR e aponta que o endividamento da família londrinense aumentou sensivelmente em relação ao último levantamento, feito em agosto.

Em relação à pesquisa anterior, o total de entrevistados que declarou ter algum tipo de comprometimento da renda familiar apresentou pequena elevação, de 61,5% para 61,9%. Já o número de famílias com contas em atraso caiu, de 29,3% para 28,3%.

No caso da inadimplência, que retrata o percentual de consumidores que possuem dívidas e não terão condições de pagá-las, também houve redução, de 10,6% para 9,1%. Para o coordenador da pesquisa, o economista e professor Marcos Rambalducci, os números no geral são positivos, apesar do leve aumento do endividamento, e revelam uma recuperação da capacidade de compra das famílias, mesmo que lenta.

Em relação ao grau de comprometimento da renda, 64% dos entrevistados disseram estar mais ou menos endividados e quase 20% afirmaram estar muito endividados. Rambalducci afirma que, nesse caso, os números revelam uma capacidade maior das famílias em administrar seu orçamento.

Em relação ao tipo de dívida, o levantamento mostra que o cartão de crédito ainda é o principal problema da família londrinense, pouco mais de 31%, depois aparecem a prestação da casa e do carro.

Das famílias que têm alguma dívida, quase 15% disseram que vão quitar o débito em até três meses. Enquanto que 47,5% afirmaram que vão demorar um ano ou mais para as contas. O coordenador da pesquisa aponta que as famílias que estão com a renda comprometida por mais tempo, investiram em bens de maior valor, como por exemplo, a casa própria e o carro financiado.

A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 28 de novembro e entrevistou 164 pessoas, e garante um intervalo de confiança de 90% .