A lei, sancionada pelo Governador na segunda-feira, já começou a valer desde terça-feira quando foi publicada no Diário Oficial do Estado. O Governo informou que antes da sanção analisou a situação em outros estados que já permitiam a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios.

A lei paranaense define que as únicas bebidas alcoólicas que poderão ser vendidas nos estádios são a cerveja e o chope e que 20% delas sejam artesanais e produzidas aqui no estado. Pela lei, a bebida também só poderá ser vendida e servida em copos plásticos descartáveis. A venda de qualquer tipo de bebida destilada está proibida. A Lei teve como um de seus autores o deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli. Romanelli avalia que a lei é uma questão de civilidade e que não se pode punir o bom torcedor, aquele que vai ao estádio apenas para torcer pro seu time e tomar uma cerveja com os amigos.

Os empresários do setor comemoram e dizem que com a liberação serão criados cerca de 500 novos postos de trabalho no estado. Torcedor do Londrina e do Atlético, o deputado diz que sempre que pode vai aos estádios e que a experiência de outros locais serviu de exemplo para o Paraná. Romanelli avalia que a legislação tem mecanismos para punir o cidadão que vai ao estádio para criar confusão e brigar.

Para o presidente do Londrina, Cláudio Canuto, a venda de cerveja não deve aumentar a violência nos estádios. Canuto concorda com o deputado quando o assunto é a confusão na hora da entrada, já que a prática mostra que muitos torcedores acabam adiando o acesso ao estádio para tomar a cervejinha do lado de fora.

A lei também proíbe a entrada de pessoas nos estádios com qualquer tipo de bebida. E o torcedor que provocar desordem, tumulto ou qualquer tipo de violência ou ainda entrar no estádio com substâncias não permitidas poderá ser impedido de ter acesso aos jogos.