As crianças e os jovens com até 17 anos representam aproximadamente 25% da população brasileira e têm sido vítimas constantes dos acidentes de trânsito em ruas, avenidas e estradas do país. Um levantamento feito pela Seguradora Líder, responsável pelo Seguro DPVAT, faz um alerta para o alto índice de casos de invalidez permanente nesta faixa etária.

Os números mostram que, de janeiro a agosto de 2020, dos mais de 7,7 mil acidentados neste grupo, quase 6 mil ficaram com sequelas permanentes e receberam indenização por invalidez. No mesmo período, foram quase mil mortes.

O diretor de Trânsito da CMTU, major Sérgio Dalbem, afirma que depois mais de 20 anos do novo Código Brasileiro de Trânsito não falta informação aos pais e responsáveis e se diz alarmado com os números.

E na frente do ranking dos acidentes envolvendo os menores de idade estão as motocicletas, que respondem por 57% do total de 4.485 indenizações pagas pela seguradora.

O diretor de Trânsito da CMTU explica que a legislação proíbe o transporte de menores de 10 anos na garupa de motocicletas e que, apesar disso, a infração ainda é muito vista pelas ruas da cidade.

Os números da Seguradora Líder mostram ainda que não é só dentro dos carros que as crianças e adolescentes correm perigo no trânsito. Cerca de 4.300 dos acidentados que receberam indenização eram pedestres.

Ainda de acordo com a empresa, se forem comparados o total pago pelo Seguro DPVAT em 2020 às crianças de 0 a 7 anos, e o valor de 2008, ano em que o uso da cadeirinha passou a ser obrigatório no país, a redução é de 50%.