Na última semana nossa reportagem havia recebido denuncias de um advogado de que atestados médicos apresentados pelo vereador Emerson Petriv, do PR, para se ausentar de audiências judiciais nos últimos quatro anos seriam falsos.

São mais de 10 atestados, cinco emitidos por um mesmo dentista e com o mesmo problema, os outros atestados seriam emitidos pela Unidade Básica do Jardim Ideal, por uma médica que afirma não ter emitido os atestados e não comprova o formato da assinatura dela nos atestados.

De acordo com Luana Leão, a advogada de defesa da médica, ressalta que três de quatro atestados apresentados pelo parlamentar não coincidem com a data em que a médica atuava na cidade, tendo provas de que ela estaria já residindo e trabalhando em São Paulo.

Ainda de acordo com a advogada o Ministério Público deve pedir à prefeitura e ao parlamentar os atestados originais.

Nossa reportagem entrou em contato com a promotora Claudia Piovezan que já instaurou procedimentos para apurar a conduta, ela recebeu os atestados, mas ela e a equipe não vão se manifestar sobre o caso.

Já a Secretaria Municipal de Saúde e a procuradoria da prefeitura de Londrina, por meio da assessoria de imprensa disseram que não vão se manifestar.

Antes mesmo de ser vereador Emerson Petriv do PR, conhecido como Boca Aberta, já tinha vários processos contra ele por calúnias, difamação e injúria em Cambé e Assaí.

No último mês o parlamentar deveria comparecer a uma audiência onde é réu e teria que prestar esclarecimentos sobre uma das possíveis vítimas. A ex-vereadora Elza Correia, é vítima em uma dessas ações protocoladas pelo Ministério Público que é quem pede a condenação do vereador por injúria. Mas na última audiência Boca Aberta não compareceu e apresentou o atestado de um tratamento dentário para justificar a ausência. O que levantou suspeitas por parte do advogado de defesa da ex-parlamentar.  O advogado João Augusto encaminhou ao juiz que pediu para o Ministério Público investigar esses atestados.

Procurado por nossa reportagem Petriv nega qualquer irregularidade nos atestados, ele alega que o tratamento coincidiu com a data da audiência.