Na Santa Casa de Cambé, ninguém quis gravar entrevista, mas segundo o hospital, na quarta-feira o pronto socorro chegou a ter os atendimentos da emergência restringidos por conta da superlotação. E deixou de receber, por exemplo, os pacientes encaminhados pelo SAMU e SIATE. A determinação foi dada pela direção da unidade. Ainda de acordo com a assessoria da Santa Casa, a superlotação teria sido causada pela falta de médicos na UPA da cidade.

Na quinta-feira, de acordo com a Santa Casa, a situação foi normalizada. Mas na sexta, o problema voltou a ocorrer, não na mesma proporção, que chegasse a restringir o atendimento, mas a situação chegou no limite, segundo a enfermeira que conversou com a reportagem da CBN Londrina.

A Secretaria de Saúde confirmou o problema e informou que a sobrecarga na Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Tupi, a única da cidade, foi por conta da falta de um pediatra. O profissional é contratado pelo Cismepar e é um dos dois que trabalham na unidade diariamente.

A Diretora de Atenção Especializada da secretaria de Saúde de Cambé, Ana Maria Chinaglia, conversou com a reportagem da CBN Londrina e informou que foi uma situação pontual, apenas no período da manhã, e que a UPA tem pediatras trabalhando em todos os turnos. Ainda de acordo com a diretora, a falta da médica, a única escalada para trabalhar naquele horário, não foi justificada.

A diretora da secretaria de Saúde de Cambé diz que a falta de pediatras é um problema histórico, enfrentado, principalmente nos finais de semana, por quase todos os serviços de saúde, não só do município. Ana Maria Chinaglia diz que muita gente recorre à UPA, sem antes passar pela Unidade Básica de Saúde do bairro, onde, segundo a diretora, sempre há pediatra.

De acordo com Ana Maria Chinaglia, a falta da profissional, sem justificativa, será apurada.

A diretor afirma que a secretaria de saúde de Cambé tem se esforçado para viabilizar novas parcerias e a contratação de mais pediatras.