SEGUNDA, 04/01/2021, 06:30

Mês de janeiro deve ser de chuvas dentro da média histórica aqui na região

Apesar do La Niña, meteorologista diz que chuvas de verão devem ajudar a recuperar o déficit hídrico do ano. 

Um ano marcado por uma estiagem histórica. Em setembro, por exemplo, quando deveriam começar as chuvas, o Paraná registrava a situação mais crítica entre os 19 estados do país acompanhados pelo Monitor de Secas do Brasil, da Agência Nacional de Águas.

Com chuvas entre 50% e 70% abaixo da média, a crise hídrica sem precedentes levou o governo paranaense a prorrogar o Decreto que estabeleceu a situação de emergência em algumas regiões do estado.

Se 2020 foi marcado por uma estiagem nunca vista no Paraná, pelo menos janeiro promete ter um volume de chuvas dentro da média histórica para o mês, explica a agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural, o IDR, antigo IAPAR, Heverly Moraes.

Apesar do fenômeno La Niña, ela diz que as previsões são mais positivas em relação ao volume de chuvas para janeiro e todo o verão.

No balanço de 2020, em janeiro foram 136 mm, sendo que a média histórica é de 206 mm. Não foi um mês tão ruim segundo a meteorologista, mas de lá pra cá a estiagem só foi aumentando.

No acumulado dos últimos doze meses, o volume de chuvas chegou a 968 mm, bem menor que a média histórica de 1.640 mm e quase 200 mm abaixo do até então pior ano, 1985, que registrou 1.153mm.

Apesar disso, Heverly Moraes diz que dezembro trouxe um pouco de alento para os produtores rurais do estado em um 2020 marcado por uma seca histórica.

O Paraná deve produzir na safra de verão aproximadamente 24 milhões de toneladas de grãos. A maior parte, mais de 20 milhões de toneladas, apenas com a soja.

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