SáBADO, 28/03/2020, 08:59

Mesmo sem autorização da CMTU, centenas de motoristas fazem carreata a favor da reabertura do comércio em Londrina

Manifestação foi acompanhada de perto pelo Ministério Público, que emitiu ofício à prefeitura exigindo que a aglomeração de pessoas durante o protesto fosse evitada a qualquer custo.

Centenas de motoristas fizeram uma extensa carreata por diversas avenidas de Londrina durante a tarde desta sexta-feira a favor da reabertura do comércio. As lojas estão fechadas desde a semana passada por conta de um decreto municipal baixado pela prefeitura como medida de contenção da pandemia de coronavírus.

Os manifestantes se concentraram na avenida Henrique Mansano, em frente ao Autódromo Internacional Ayrton Senna, e percorreram com o um buzinaço as avenidas Rio Branco, Leste-Oeste, Duque de Caxias, Maringá, Madre Leônia Milito e Higienópolis. O microempresário Gilmar Martins foi um dos participantes.

Já o instrutor de trânsito Ilson Ieger Júnior destacou porque, para ele, o comércio precisa ser reaberto.

Na opinião do contador Osmar Tavares, a manutenção do fechamento pode trazer prejuízos irreparáveis para boa parte dos comerciantes da cidade.

Os manifestantes tentaram encerrar a carreata no Centro Cívico, em frente ao prédio da prefeitura, mas o acesso foi bloqueado por agentes da CMTU e Guardas Municipais. A barricada foi montada após ofício da Promotoria de Defesa da Saúde Pública de Londrina, que exigiu que o município acompanhasse toda a movimentação dos motoristas e, também, evitasse a concentração de pessoas a qualquer custo. O presidente da CMTU, Marcelo Cortez, confirmou que muitos motoristas foram multados por conta de infrações registradas no trajeto, e que os organizadores da manifestação também devem sofrer sanções, uma vez que realizaram a carreata sem uma autorização formal do poder público.

O protesto foi organizado por pessoas ligadas ao deputado federal Filipe Barros, o principal aliado do presidente Jair Bolsonaro em Londrina. Eles também se reuniram com o prefeito durante a realização do protesto, e disseram que, apesar de discordarem da posição do município, vão respeitar o período de quarentena de quinze dias. O prazo final do decreto é o dia 6 de abril.

Por Guilherme Batista

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