QUINTA, 25/04/2019, 19:18

Ministério da Agricultura confirma fim da vacinação contra aftosa no Paraná

Campanha de maio será a última no Estado, que pode ter o reconhecimento como área livre da doença sem vacinação em 2021.

O Ministério da Agricultura decidiu antecipar a retirada da vacinação contra febre aftosa no Paraná para novembro desse ano. Com isso, a campanha que começa no dia 1º de maio será a última aqui no Estado. A decisão foi confirmada nesta quinta-feira, após uma reunião em Curitiba, entre representantes do Ministério e entidades do setor agropecuário do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que integram o chamado Bloco V do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa.

Pelo calendário do Programa, a última etapa de vacinação nesse grupo de estados seria em maio de 2020. Com a decisão do Ministério da Agricultura, o Paraná pode pedir à Organização Mundial da Saúde Animal a inclusão do estado no status livre de febre aftosa sem vacinação em setembro de 2020, que deve ser analisada na Assembleia Geral de maio de 2021.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado, Ágide Meneguette, que defende a medida desde o início, comemorou a decisão do Ministério e afirmou que ela é resultado de investimentos feitos ao longo dos últimos 20 anos no Paraná, que, de acordo com o presidente da Federação, é hoje o Estado que tem as melhores condições técnicas na área de defesa agropecuária.

No ano passado, o Ministério realizou duas auditorias, uma exigência da Organização Mundial de Saúde Animal, para que o pedido do Paraná fosse encaminhado. Nessa avaliação, o Estado superou a pontuação necessária em 48% dos quesitos e em 35% deles ficou dentro dos padrões mínimos.

Em apenas 16% dos itens analisados a pontuação ficou abaixo da exigida, mas, de acordo com a FAEP, para atacar esses pontos a Adapar definiu um plano de ação com nove propostas, das quais sete já estão sendo implantadas.

O presidente da Federação da Agricultura afirma que o fim da vacinação contra a febre aftosa vai abrir novos e grandes mercados para o Estado e que todo o agronegócio vai ser beneficiado.

Segundo a ADAPAR, a partir de setembro de 2019 as fronteiras do Estado ficam fechadas para animais que receberam a vacina contra aftosa. 

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