Ministério Público propõe mais uma Ação Civil Pública contra o prefeito de Rolândia
Luiz Francisconi Neto agora é investigado também por supostas irregularidades na área da saúde envolvendo a esposa dele.
O prefeito Luiz Francisconi Neto, que já era investigado pela Operação Patrocínio, por supostas irregularidades em contratos da prefeitura, agora vai ter que responder também a outra ação proposta pelo Ministério Público. Dessa vez, na área da saúde do município e que envolvem a esposa dele, Nilza Xavier Francisconi, médica e servidora da prefeitura. Além do prefeito e da primeira dama, também são citados na Ação Civil Pública, a ex-secretária de Saúde do Município, Rosana Alves da Silva e ex-procurador, Lucas Fernando da Silva.
O Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa, o GEPATRIA, instaurou um novo inquérito para investigar Nilza Francisconi. O nome dela não aparecia nas escalas dos plantões do Pronto Atendimento da cidade, local que trabalhava desde 2014, quando a prefeitura contratou terceirizadas para prestar serviços nas unidades de saúde do Município
Segundo o Ministério Público, entre as empresas contratadas estava a Francisconi Clínica de Otorrino, que tem como sócios o prefeito e a esposa. Ainda de acordo com o Ministério Público, a Procuradoria Jurídica do município apontou a irregularidade, mas mesmo assim Francisconi autorizou os pagamentos. Em julho de 2016, o procurador emitiu novo parecer e, dessa vez, autorizou a prestação dos serviços por outra empresa.
De acordo com os promotores, a esposa do prefeito recebia o salário integral, mas não cumpria a carga horária de 40 horas semanais. No total, o prejuízo aos cofres públicos teria sido de pouco mais de R$ 200 mil.
A ação civil pública pede a responsabilização dos quatro por improbidade administrativa com enriquecimento ilícito e prejuízo ao erário. Os promotores solicitaram ainda o bloqueio de pouco mais de R$ 1 milhão da esposa do prefeito, além de R$ 500 mil de Francisconi, de R$ 650 mil da ex-secretária de Saúde e de quase R$ 180 mil do ex-procurador.
Entramos em contato com o prefeito Luiz Francisconi, mas até o fechamento da reportagem não tivemos retorno. Não conseguimos contato com os outros citados na reportagem.