QUINTA, 13/08/2020, 19:40

Ministério reconhece oficialmente o Paraná como Área Livre de Aftosa sem Vacinação

Pedido de reconhecimento internacional deve ser enviado nesta sexta-feira e, de acordo com secretário de Agricultura, se tudo der certo, em maio do ano que vem estado começa a se beneficiar da nova condição.

Com a publicação da Instrução Normativa pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, reconhecendo o Paraná como área de Livre de Aftosa sem Vacinação, o estado parte agora para uma nova etapa, a confirmação internacional desse status pela Organização Mundial de Saúde Animal. Além do Paraná, a Instrução Normativa, que passa a valer em 1º de setembro, se aplica também aos estados do Acre, Rio Grande do Sul, Rondônia, e algumas regiões do Amazonas e de Mato Grosso.

A fiscalização do trânsito de animais dos estados vizinhos, de acordo com o secretário Estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, foi um dos pontos fundamentais para garantir o reconhecimento nacional. O secretário comemorou o anúncio e destacou ainda o inquérito epidemiológico, finalizado em maio, e que coletou amostras de sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades do estado. 

O inquérito, de acordo com Ortigara, comprovou que não há circulação do vírus da febre aftosa no Paraná, que registrou o último foco da doença em 2006.

O Ministério da Agricultura, de acordo com o secretário, deve formalizar o pedido à Organização Mundial de Saúde Animal nesta sexta-feira. Com isso, Ortigara avalia que o setor deve garantir a abertura de novos mercados e atrair investimentos também para segmentos das cadeias de suínos, peixe, frango e leite.

Após o envio do pedido à OIE, peritos da entidade devem vir ao estado analisar as medidas tomadas pelo estado e a expectativa é que a entidade confirme a nova condição internacional do Paraná  em maio de 2021.

Norberto Ortigara cita os bons números do setor aqui no estado no ano, apesar da pandemia. A estimativa da Secretaria de Agricultura é de que o reconhecimento internacional permita ao Paraná praticamente dobrar as exportações de carne suína, por exemplo, e passar das atuais 107 mil toneladas para 200 mil toneladas por ano.

Desde outubro de 2019 o uso e a comercialização da vacina contra a febre aftosa no Paraná está proibida. A campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela campanha de atualização de rebanhos, que começou em 1º de maio deste ano e, por conta da pandemia, vai até 30 de novembro. O cadastro, afirma a Secretaria é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a saúde do rebanho.

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