TERCA, 14/03/2017, 19:00

Mobilização e paralisação de diversos setores contra as reformas previdenciária e trabalhista

Transporte coletivo pode ter que pagar multa se paralisar 100% da frota. Outros setores aderem ao movimento são professores e servidores da UEL, policiais civis, servidores federais e professores e funcionários da rede estadual.

Em todo o país nesta quarta-feira, diversas categorias aderiram à greve e mobilização nacional contra as reformas previdenciária e trabalhista do governo Temer.

Em Londrina centrais sindicais se mobilizam em diversas regiões e principalmente na Concha Acústica.

Nossa reportagem fez um levantamento das categorias que aderem ao movimento nesta quarta-feira. Professores e funcionários das escolas estaduais, servidores públicos federais, professores e servidores da Universidade Estadual de Londrina, policiais civis e o transporte coletivo urbano.

Os motoristas de ônibus tem sofrido com a decisão de aderir 100% a paralisação. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina – Sinttrol foi notificado na tarde de ontem pela justiça, se ocorrer 100% da paralisação seria aplicado multa de R$200 mil ao sindicato. O presidente do Sinttrol, João Batrista da Silva, alega que a mobilização é nacional e geral.

A decisão da Justiça determina que o Sinttrol assegure a manutenção da prestação do serviço de transporte com, pelo menos, 70% dos motoristas e cobradores nos horários de pico – das 04h30 às 09h, das 12h às 14h e das 17h às 20h e de 50% em qualquer outra linha e escala nos demais horários.

Caso o Sinttrol não cumpra as determinações, a decisão da Justiça estabelece como pena uma multa de R$ 200 mil.

O Sindicato das Empresas de Ônibus Urbanos e Metropolitanos de Londrina – Metrolon por meio de nota afirma que não medirá esforços para que os serviços sigam normalmente nessa quarta.

Os professores e servidores da UEL também entram na mobilização, somente hospitais vão atender.

Os professores da rede estadual e funcionários aderem a greve por tempo indeterminado. É o que explica o presidente do Sindicato dos professores e funcionários das escolas estaduais, Marcio André Ribeiro.

Segundo o presidente do Sindicato dos professores da UEL – Sindprol Aduel, Nilson Magagnin Filho, os professores estão sendo convocados para o ato.

A Polícia Civil entra no movimento por meio da União dos Policiais do Brasil – UPB que se mobilizará em frente a Assembleia Legislativa do Paraná – Alep.

Já os servidores federais estão mobilizados em Londrina e região por meio do Sindprevs, os trabalhadores do INSS e Seguridade Social.

Segundo o diretor regional do Sindprevs, Lincoln Ramos da Silva, representa Ministérios da Sáude, Trabalho e Previdência, este é o momento de se lutar contra as reformas. Mas afirma que cada trabalhador deve definir se para a atividade ou não.

Os bancários aderem ao movimento por meio do Sindicato da categoria, mas os atedimentos nas agências vão seguir normalmente.

A Prefeitura de Londrina por meio de nota informou que a Administração do Governo Marcelo Belinati se solidariza com os trabalhadores que se opõem às propostas da Reforma da Previdência.

Atendendo à solicitação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Londrina – Sindserv, os trabalhadores aderirem a manifestação não terão os seus direitos prejudicados, podendo para isso utilizar do banco de horas para desconto da falta. Não havendo horas adicionais, poderá optar pelo desconto de um dia de férias.

Na saúde, os servidores que estão em escala de plantão deverão cumprir a sua jornada, sem prejuízos à população; na educação, as escolas onde houver a opção pela paralisação das atividades, serão necessários a reposição das aulas, sem prejuízo do calendário escolar. 

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