TERCA, 03/11/2020, 18:47

Mortes por acidentes com eletricidade superam as causadas pela dengue

Em janeiro deste ano, os acidentes elétricos bateram novo recorde desde o início do levantamento, com 93 mortes.

Entre 2015 e 2019 o país registrou 2.906 mortes por dengue, enquanto o número de acidentes fatais envolvendo eletricidade chegou a 3.585. E segundo o estudo divulgado pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, Abracopel, os números estão muito longe da realidade.

Os dados da Associação mostram ainda que entre 2018 e 2019, tanto o número de acidentes com choques elétricos quanto os incêndios por sobrecarga aumentaram, respectivamente, 12% e 20%. Os adultos com idade entre 31 e 40 anos foram as principais vítimas, com 195 mortes. Foram ainda 42 óbitos por choques entre bebês e crianças de zero a dez anos. E em janeiro deste ano, os acidentes com eletricidade bateram o novo recorde desde o início do levantamento dos dados: foram 181 ocorrências e 93 mortes.

O engenheiro eletricista de segurança do Trabalho da COPEL, Raul Claudino, diz que os números chamam a atenção e preocupam as concessionárias de todo país. Ele alerta para alguns dos principais problemas dentro de casa quando se fala de acidentes elétricos. Um deles é o uso do benjamim ou T e diz que para fazer qualquer serviço, o correto é sempre desligar o disjuntor no quadro de luz.

Raul Claudino diz ainda que a COPEL, assim como outras concessionárias de energia, faz um trabalho de prevenção e de orientação para diversos tipos de público, dos adultos que trabalham, por exemplo, em setores como a construção civil, aos alunos de escolas de todo estado.

A maioria dos acidentes, segundo a Associação, é causada pelas famosas gambiarras, instalações elétricas feitas de maneira amadora e com materiais de baixa qualidade. Além disso, tem o problema dos profissionais pouco ou nada habilitados para o serviço, os chamados eletricistas de internet. No caso da eletricidade, o jeitinho pode sair muito caro, afirma o engenheiro.

 

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