SEXTA, 28/02/2020, 18:30

Motoristas de aplicativo bloqueiam a avenida Higienópolis durante protesto contra a falta de segurança

Eles exigem que as plataformas sejam mais rigorosas para a seleção dos clientes. Durante o Carnaval, quase 30 motoristas foram assaltados na cidade.

Cerca de 120 motoristas de aplicativo fizeram uma manifestação pacífica em Londrina durante toda a tarde desta sexta-feira em protesto contra a falta de segurança. Eles se reuniram em frente ao Autódromo Ayrton Senna, onde foi realizado um buzinaço, e, posteriormente, percorreram diversas ruas e avenidas da cidade em direção ao Zerão. Os manifestantes deixaram os veículos estacionados na área em frente ao Moringão e subiram a pé até a esquina da avenida Higienópolis com a rua Espírito Santo. O trânsito no trecho foi bloqueado pelos motoristas por cerca de trinta minutos, enquanto dois representantes do grupo participavam de uma reunião com representantes da 99, uma das empresas responsáveis por gerir o serviço de corridas pela internet em Londrina. O encontro foi realizado no escritório da plataforma, localizado ao lado do trecho bloqueado.

No final da reunião, os motoristas disseram que a empresa se comprometeu a avaliar as propostas apresentadas por eles. A principal é que a plataforma trate com um rigor maior o processo de cadastro e seleção dos usuários do serviço. Os profissionais pedem que os clientes apresentem mais dados, além de uma fotografia para identificação. O grupo argumenta que, atualmente, qualquer um pode se cadastrar no aplicativo, o que facilita a ação dos criminosos. Fábio Júnior, que trabalha como motorista de aplicativo há oito meses, conta que somente no período de carnaval, entre a última sexta-feira e a quarta, quase 30 motoristas foram vítimas de assaltantes na cidade.

O motorista acrescentou que, além de chamar a atenção das empresas, o protesto também quis passar uma mensagem à população, que utiliza o serviço, e às forças de segurança, que deveriam estar responsáveis por proteger os profissionais e investigar os crimes registrados.

A CBN voltou a entrar em contato com a 99 nesta sexta-feira, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Por Guilherme Batista

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