Os motoristas de vans e micro-ônibus que fazem o transporte escolar estão preocupados com a queda no faturamento e querem que os veículos possam ser usados por mais tempo. Os profssionais reivindicam a ampliação do prazo de utilização das vans e micro-ônibus pelas ruas da cidade, definido em decreto municipal, de 10 para 15 anos. A presidente da Associação de Transporte de Escolares de Londrina, Marlene Petrachin, avalia que os veículos com 10 anos de uso e que passam por manutenção regular, além da vistoria anual da CMTU, têm condição de circular perfeitamente. Os profissionais se queixam das dificuldades financeiras que a categoria vem enfrentando nos últimos anos.

O assunto foi discutido em uma reunião pública na Câmara de Vereadores coordenada pela Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente, e que contou com a participação de representantes da Associação de Transporte de Escolares de Londrina, a ATEL, e da CMTU, além de motoristas e alguns proprietários de oficinas mecânicas. De acordo com o vereador Ailton Nantes, do PP, que coordenou a reunião, a reivindicação da categoria vai ser analisada e se o pedido for viável, vai ser levado para avaliação da Prefeitura. Nantes diz que a decisão sobre aumentar ou não o prazo de vida útil dos veículos do transporte escolar precisa ser tomada com muito cuidado.

O gerente de transporte da CMTU, Wilson de Jesus, também participou da reunião. Ele afirma que, a princípio, a alteração do prazo de uso dos veículos para 15 anos é possível, mas vai depender de alguns pontos, como a obrigatoriedade de inspeção técnica a partir dos 10 anos.

O gerente de Transporte da CMTU diz que alertou os profissionais sobre a concorrência maior de hoje em dia, com a oferta de novos serviços, como os aplicativos de transporte, que divulgam amplamente o fato dos veículos deles terem menos de 7 anos de uso. Além da prorrogação do prazo de vida útil dos veículos, a categoria reivindicou um desconto no IPI para compra de veículos novos e também a permissão para circular pelas faixas de ônibus.